domingo, 23 de dezembro de 2018

Sonhos realizados na última turma de 2018 do curso de cabeleireiro do Espaço da Criança-ARH


O curso semiprofissionalizante de cabeleireiro oferecido pelo Espaço da Criança-ARH diplomou sua última turma de 2018 nesta quinta-feira (19). Foi o encerramento do terceiro módulo do ano, com 12 alunas formadas, dentre as 16 que haviam sido matriculadas.

Ao todo, em 2018, houve 56 matriculas e 36 conclusões nos diversos módulos do curso. As aulas tiveram início em 20 de março e se estenderam até 19 de dezembro. Os três módulos executados abrangeram corte, escova, hidratação, colorimetria e química do relaxamento.

Para as concluintes, muitas vindas de contextos difíceis, o curso abriu uma nova perspectiva de transformação de vida. Izivânia Arruda, 40 anos, é manicure e com o curso já passou a oferecer serviços de cabeleireira a suas clientes. “Sou grata a Deus e a vocês também por essa oportunidade de vida para aumentar minha renda. Hoje eu faço um cabelo aqui e outro ali. Meu marido está preso, sou o homem e a mulher da casa, mas graças a Deus está dando para manter a minha família”, disse a formanda, que também possui uma filha de 4 anos matriculada na ONG.

Cleia Neves, 32 anos, conta que o projeto realizou um sonho antigo. “Desde os 14 anos eu tinha o sonho de ser cabeleireira, mas eu nunca tive condição de fazer um curso pago. Custa em torno de 5 a 6 mil reais. Mas através desse projeto o meu sonho hoje está sendo realizado. Esse projeto mudou a minha vida: hoje eu poso dizer que sou uma cabeleireira formada”, compartilhou. A formanda também desejou que mais histórias como a dela pudessem ser transformadas através da iniciativa. “Que vocês não parem e continuem ajudando mais e mais mulheres como me ajudaram”, disse Cleia.

O curso semiprofissionalizante de cabeleireiro é oferecido pelo Espaço da Criança-ARH desde 2011, por meio do patrocínio da ONG luxemburguesa Pró-Niños Pobres (PNP). Com o encerramento das atividades da PNP na América Latina a partir de 2019, a continuidade do curso é incerta, de acordo com a diretoria do Espaço da Criança-ARH.